quinta-feira, 23 de julho de 2009

A FARSA DAS SONDAGENS CONTINUA

Alguém acredita que a Coligação com o movimento "Cidadãos Por Lisboa" somou 10 pontos percentuais à candidatura de António Costa?
Até à assinatura do acordo de coligação com o movimento independente "Cidadãos Por Lisboa", Santana Lopes ia à frente nas intenções de voto. Agora depois dessa coligação, parece que pegaram nos 10 pontos percentuais que o movimento "Cidadãos Por Lisboa" obteve nas eleições autárquicas intercalares de Julho de 2007 e adicionaram-nos à candidatura de Costa. Assim mesmo, sem mais nem menos.
Ora, meus Senhores, isto não funciona dessa maneira. Em 1º lugar porque não vamos ver repetido o cenário daquelas eleições, com o PSD dividido em dois, pelo contrário, o Partido está regenerado e muito unido à volta do seu candidato que por sinal é muito forte. Em 2º lugar porque a Helena Roseta que foi a votos, era uma dissidente do PS e alguém que rompeu com as suas políticas, tendo beneficiado dos votos dos cidadãos que como ela estavam desgostosos com tais políticas. Em 3º lugar, porque é certo e sabido que Helena Roseta vai ser penalizada pelos eleitores que lhe confiaram o seu voto na qualidade de Independente e que agora os traiu coligando-se ao Partido que combateu, acima de tudo para salvaguardar uma posição que sabia não ter condições de manter nas próximas eleições autárquicas. Em 4º lugar porque concorrendo sozinha, estava efectivamente em causa a sua própria eleição, o que quer dizer que a soma desta coligação não valerá mais que 3 a 5 pontos percentuais. Em 5º lugar porque Costa, numas eleições que lhe eram muito favoráveis visto que o Executivo de Carmona Rodrigues caiu a meio do mandato, em parte pela oposição mal intencionada e corrosiva do PS, teve 29,54% dos votos, menos do que a soma do PSD dividido (32,44%) e em 6º lugar porque Costa desiludiu os lisboetas pela forma como não tratou da cidade, se envolveu em politiquices e polémicas desnecessárias, mais interessado em aparecer nas televisões e fazer comentário político do que em trabalhar a sério em prol da cidade e dos munícipes e se distanciou dos Bairros e das gentes mais carenciadas, passando dois anos e meio sem fazer nada, a queixar-se que não tinha dinheiro, feito kalimero e a acusar e a dizer mal dos seus antecessores.
Um homem que passou o tempo a sacudir a água do capote e a tratar de empréstimos à banca no valor de centenas de milhões de euros, não pode continuar à frente dos destinos da Câmara, seria uma tragédia, ainda que na realidade, haja algumas forças interessadas em levá-lo ao colo até à cadeira do poder.
Dito isto, pergunta-se, como é possível fabricar uma sondagem com 10 pontos percentuais de diferença, sabendo-se que o PSD valerá nas urnas 36/38% e o CDS 6/8%, no mínimo, numa conjuntura que lhe é altamente favorável, pelo facto de o PS, de há uns tempos a esta parte, andar constantemente de braço dado com monumentais asneiras e trapalhadas, as quais, por certo, na hora da verdade, irão ajudar Pedro Santana Lopes a reconquistar o lugar que brilhantemente conquistou em 2001 e de onde não devia ter saído em 2004.
Relativamente ao PSD e ao CDS, as sondagens têm cometido lapsos monumentais, difíceis de explicar e indesculpáveis. Veja-se o que sucedeu em 16 de Dezembro de 2001: no encerramento da campanha, as sondagens davam 15 pontos de vantagem ao candidato socialista, João Soares e depois, nas urnas, o candidato do PSD, Pedro Santana Lopes venceu.
Pessoalmente, anoto esta sondagem como mais uma grande maldade que querem fazer a Santana Lopes, como tantas outras que já lhe fizeram.
Porém, como grande político que é mas também com muito saber acumulado e um profundo conhecimento dos problemas do País e da Capital, Santana Lopes possui a coragem, a capacidade e a tenacidade para os atacar e vencer que outros não demonstraram ter e, por tudo isso, no dia 11 de Outubro, nas urnas, o veredicto dos eleitores não será o mesmo que as sondagens lhe têm atribuído.
Cá estaremos para ver.

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