segunda-feira, 5 de novembro de 2012

MÁRIO SOARES - APAZIGUADOR OU AGITADOR?

IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE
 
Aos 88 anos de idade, pode ufanar-se que em Portugal foi tudo quanto quis: Secretário-Geral do Partido Socialista, deputado à Assembleia da República, deputado ao Parlamento Europeu, Ministro, Primeiro-Ministro, Presidente da República, Conselheiro de Estado, sendo sem qualquer sombra de dúvida, o político que mais se destacou no período democrático.
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Ao longo da sua carreira política, não olhando a meios para alcançar os seus objetivos, desencou nos adversários sem dó nem piedade, usando muitas vezes uma linguagem exageradamente grosseira e ao mesmo tempo ofensiva da sua dignidade.
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Agiu sempre com uma certa arrogância e altivez, vestindo a pele de um ser intocável e todo-poderoso, abrindo caminhos dourados para todos aqueles com quem simpatizava e obstruindo e tornando difícil os trilhos daqueles que detestava.
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A sua aptência para o açambarcamento na vida política ficou bem demonstrada quando em 2005, com 80 anos de idade, depois de ter cumprido dois mandatos como Presidente da República, concorreu a um 3º mandato apoiado pelo Partido Socialista, impedindo o seu "amigo" Manuel Alegre de ser o candidato natural dos socialistas e o mais que provável vencedor das presidenciais, contribuindo com essa sua atitude avarenta para a vitória de Cavaco Silva, não se importando com o humilhante 3º lugar alcançado e apenas 14% dos votos.
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Há quem jure a pés juntos que ele, Mário Soares, pretendeu apenas, com a sua candidatura, impedir que o seu "amigo" Alegre conquistasse a Presidência da República. Se esta versão tem realmente algum fundamento, então, todos os epítetos censuráveis e reprovatórios que se possam imaginar, serão poucos, para definir o caráter maldoso/invejoso do velho ansião.
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Agora, com 88 anos de idade, dada a sua experiência pública e política, quando podia prestar ao País um papel importantíssimo, apelando ao diálogo e ao bom senso de todas as forças políticas, não faz outra coisa diariamente que não seja agitar a já conturbada política governativa portuguesa, exigir que se rasguem os acordos firmados com a troika e repetir até à exaustão a demissão do governo. O ex-Presidente da República tem assumido um tal protagonismo na oposição ao governo que praticamente tem eclipsado as figuras principais do partido da rosa.
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Em vez de sensato e apaziguador, numa conjuntura de tão grave crise económica, papel que lhe assentaria bem, o ex-governante, numa atitude ressabiada, ataca todas as políticas governativas, não tendo minimamente em conta, o estado deplorável em que Sócrates e o seu Partido Socialista deixaram o País, mais parecendo um mercenário agitador.
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Afinal, Mário Soares foi, é e será sempre igual a si próprio: abre a boca e diz o que lhe dá na real gana, mesmo que saia asneira e tome posições ridículas, como já aconteceu tantas vezes.
 
 

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

De facto, este Governo não fez nada que tivesse contribuido, para este Buraco Financeiro.

Mas está a contribuir, por não ter control nas despesas, para que este Buraco, seja, ainda, maior.
O único, grande erro, deste Governo, é não fazer o que prometeu, aos Portugueses, ou seja, não aumentar Impostos e acabar com Observatórios, PPP´s, Fundações, etc, etc.

Real e efectivamente, é muito mais prático e cómodo, aumentar os Impostos e deixar o grande Capital, de fora e na Paz do Senhor.

Quanto ao Exmo Senhor Dr Mário Soares, talvez fosse melhor, para ele e todos nós, com os conhecimentos, profundos, e Prestígio, Interno e Externo, que ele tem, começar por juntar o Exmo Senhor Presidente da República, Exmo Senhor Dr António José Seguro, Exmo Senhor Dr Passos Coelho, Exmo Senhor Dr Paulo portas, Exmo Senhor Dr Ramalho Eanes e o Exmo Senhor Dr Jorge Sampaio, afim de fazerem uma Reunião de Alto Nível, para enfrentar, de frente, a Crise em que estamos mergulhados, e, ao mesmo tempo, apresentarem um plano Estratégico, de Crescimento, aos nossos Credores e à Exma Senhora Merkel.

Nós, com os Governos, todos, a gastar, sem qualquer control, e sem Crescimento, não vamos ou chegamos, a lado nenhum.
Laranjeiro, 06-11-2012