sábado, 23 de março de 2013

PLANO MARSHALL



IMAGENS RETIRADAS DO GOOGLE

Embora num contexto diferente daquele que se verificou há 66 anos, no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, a Europa necessita urgentemente de outro plano Marshall.
Em consequência dessa guerra, dezenas de milhões de pessoas perderam a vida e vários países ficaram devastados, urbanística, económica e socialmente, tendo valido, nessa altura, a intervenção dos Estados Unidos da América, com o seu famoso "Plano Marshall", distribuindo por 16 países, entre 1948 e 1951, uma ajuda financeira de 15 mil milhões de dólares.

Agora, à distância de uma geração, a Europa encontra-se de novo arruinada economicamente e desta vez, não foi motivada por acção da artilharia e da aviação nazi, mas pela ruinosa governação dos seus líderes que por irresponsabilidade, inabilidade ou incompetência, não têm encontrado soluções adequadas para criar riqueza e fazer as respectivas economias prosperar.
Em vez disso, os governantes europeus arrastaram os seus países para a bancarrota. As instituições financeiras colapsaram, o desemprego é um flagelo que atinge milhões de trabalhadores, as regalias sociais conquistadas pelos trabalhadores ao longo de décadas estão seriamente ameaçadas e em muitos casos até já foram banidas, deixando muitas famílias em desespero por não poderem cumprir os seus compromissos com as entidades a quem compraram a casa, o carro, os seguros, etc. e por não poderem proporcionar aos filhos a educação e o nível de vida que planearam.
A Europa do Século XXI está numa situação de grave enfermidade económica e os seus cidadãos  chegaram ao limite das suas capacidades de sofrimento. Se de facto não aparecer urgentemente um qualquer "Plano Marshall" que a salve, pode mesmo desmoronar-se e perder definitivamente a sua identidade de região do mundo mais desenvolvida, próspera e equitativa na distribuição da riqueza e mais solidária no capítulo das regalias sociais.
Porém, desta vez, a potência que então se propôs ajudar a Europa, por motivos políticos e conveniências várias, num contexto de "Guerra Fria" em que era necessário reconstruir e recuperar a economia dos países capitalistas europeus destruídos pela guerra, para melhor poder suster o avanço do socialismo comandado pela extinta União Soviética, não está em condições de o fazer, essencialmente porque a sua economia também dá sinais de grande fragilidade e sofre praticamente dos mesmos problemas que afectam a Europa.
Comparando o poderio económico mundial de então com o da actualidade, parece-me que só uma grande potência económica teria capacidade para patrocinar um tal gigantesco plano, a República Popular da China e, nesse caso, imitando o exemplo americano, designar-se-ia de "Plano Xi Jinping" em homenagem ao seu Presidente da República ou então "Plano Li Keqiang", o nome do Primeiro-Ministro. 
De uma coisa, porém, eu tenho absoluta certeza: não havendo nenhum "plano" oriundo do exterior da Europa, os países da linha da frente terão que abandonar rapidamente a táctica do ziguezague e defesa dos próprios interesses que levou a esta grave situação e entender-se quanto à urgência de criar um "Plano" interno de emergência (qualquer nome serve) que dê prioridade à recuperação da economia e dos empregos perdidos, abdicando de boa parte da carga fiscal e distribuindo fortes incentivos aos que mais contribuírem para essa recuperação.

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

Já, em tempos, falei de um novo Plano Marshall, para a Europa. Até falei disso, a um Político.

Porém, com cabeças duras, como a da Senhora Merkel e do Senhor Passos Coelho, não vamos lá.

Eles preferem a Política de Destruir para Construir. Acontece que, quando quiserem construir, já é tarde de mais!!!!!

A Senhora Merkel, quer um Euro forte. É por isso que não quer resolver esta Crise. Ela vai ser obrigada a fazer como os USA, ou seja, pelo menos, desta vez, por Dinheiro, no Problema.

Já estamos perante muitas Crises, juntas!!!! A Senhora Presidenta da Europa, vai ter que resolver este buraco financeiro.

Como é ela que manda, vai ter que prolongar os prazos das Dívidas e a descida dos Juros, de todos os Países que estão em dificuldades!!!!

Ninguém se acredita que, sem crescimento, qualquer País, possa pagar Juros de 5, 7, 10, e 15%, quando ela vai pedir Dinheiro emprestado, práticamente, a Juro de 0%!!!!!!

Alguém está a ganhar milhões de Euros, á nossa custa. Isto não é ajuda nenhuma!!!!!!!

Ajuda era emprestar Dinheiro a 20 ou 30 Anos, a um Juro como o que a Senhora Presidenta, paga!!!!!!!

Porém, a culpa não é, totalmente, dela. A culpa é dos Países que estão em situação Financeira, débil. Eles deveriam organizar uma frente comum, para combater este, estranho, tipo de AJUDA!!!!!!
Laranjeiro, 23-03-2013