domingo, 14 de setembro de 2014

É CADA VEZ MAIOR O NÚMERO DE MENDIGOS/SEM-ABRIGO QUE VAGUEIAM PELA CIDADE

Foto retirada do Google

Desde que me reformei, em Março de 2006, deixei de ter contacto diário com o bulício da cidade, e também raramente saio em passeio, limitando-se praticamente as minhas saídas quando vou fazer as compras domésticas numa grande superfície situada muito próximo da minha casa.

Muitas coisas entretanto mudaram na cidade sem que me apercebesse e, nestes últimos dias, em que dediquei algum tempo para passear pela cidade, pude constatar isso mesmo, ao nível das inúmeras alterações no trânsito e obras de alteração e requalificação de certas áreas da cidade.
 
Mas a grande diferença que notei relativamente ao tempo em que me reformei, foi sem dúvida ao número de pessoas que vagueiam pelos diferentes locais da cidade, sem rumo e sem norte, matando o tempo, mal vestidos, mal alimentados e sem quaisquer cuidados de higiene e saúde.
 
Carregam  no rosto e no olhar o reflexo triste dos seus dramas e nos sacos plásticos, a miséria dos seus parcos pertences, calcorreando dia após dia a cidade, à procura de alimentos e peças de vestuário nos caixotes do lixo.

É verdade que sempre houve pobres, mendigos e sem-abrigo mas na actualidade existe em Lisboa um número impressionante de gente sem eira nem beira, de todos os escalões etários e de ambos os sexos, vivendo do lixo, da caridade dos cidadãos e do altruísmo de algumas instituições de solidariedade social, as quais, infelizmente, não conseguem dar resposta a todas as necessidades.
 
Este trágico quadro existe por toda a cidade de Lisboa e é impossível ficarmos indiferentes perante  a miséria das personagens que o compõem.
 
Sempre que se fala destas desgraças, é inevitável lembrar que tudo isto acontece porque uns quantos políticos e governantes, incompetentes e irresponsáveis, arruinaram o País, levando milhares de empresas à falência e deixando sem emprego muitas centenas de milhar de trabalhadores que deixaram de poder honrar os seus compromissos, inclusive pagar a prestação da casa, motivo pelo qual ficaram sem ela e, ao mesmo tempo, sem possibilidades de poder usufruir de uma vida digna.

Paradoxalmente, os responsáveis, aqueles que governaram de forma criminosa o País, continuam com bons tachos e a gozar a vida principescamente, enquanto que aqueles que nada fizeram, são obrigados a pagar o descalabro económico da sua governação, sendo que para alguns a factura se revelou tão incomportavelmente pesada que os empurrou para a condição de mendigos sem-abrigo.

Que castigo mereceriam aqueles que arruinaram o País e desgraçaram a vida de tanta gente?

2 comentários:

Unknown disse...

O drama dos nossos dias mas que ninguém ousa mudar, politicamente falando.
Mordomias para uns tantos e misérias demais para os restantes...
Como é possível neste país que o total das reformas pagas aos políticos sejam iguais ao total das pensões mínimas dos portugueses ...???
...E são muitos milhões...

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

De facto, nunca, neste País, se fabricaram tantos Pobres, como, ao contrário do que os Políticos apregoaram e apregoam, desde o vinte e cinco de Abril!

Em contra partida nunca, em tão poucos Anos, à custa da desgovernação que tem sido feita, por todos os Políticos, sem excepção, foram gerados, prematuramente, tantos novos Ricos!!

Podem fazer as Eleições que quizerem, pois, enquanto não estabelecerem um Sistema Governativo como, por exemplo, na Inglaterra, Holanda, Suécia, etc, isto nunca mais vai tomar o rumo certo!!!!

É inadmissível que, no caso dos Países, acima citados e não só, os Governantes tenham que ir representar os que os elegeram, em Viatura própia e, em Portugal, tenham um Carro, topo de Gama, distribuido, e não só!!!!

De facto, num País que nem sequer se produz o necessário, para consumo interno, é muito doloroso e aberrante, o que se tem passado, continua e continuará a passar, se as coisas não mudarem radicalmente.
Laranjeiro, 15-09-2014