quinta-feira, 30 de outubro de 2014

CMVM CONFIRMA O QUE TODO O MUNDO SABIA E DENUNCIA CRIMES DE "INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA" COMETIDOS EM TODAS AS OPA DESDE 2009!!!

 
Desde que dei os primeiros passos na compra e venda de acções, já lá vão mais de 12 anos e, desde então, sempre tive a certeza que os grandes lucros, tinham por base esquemas fraudulentos, nomeadamente a informação privilegiada.
 
A Bolsa tem proporcionado grandes fortunas àqueles que têm conhecimento antecipado das grandes operações bolsistas mas, por outro lado, tem arruinado muitos dos investidores que não têm acesso a essa informação antecipada. São aqueles que jogam no escuro, como eu, muitas vezes induzidos em erro através da publicidade enganosa das Empresas, que de um momento para o outro, vêem o seu investimento dramaticamente desvalorizado, ficando reféns desse investimento anos e anos a fio, na esperança de um dia poder recuperar, pelo menos, o investimento inicial.
 
Se há negócios em que as pessoas honestas não devem participar, a bolsa é um deles, já que os grandes lucros têm, quase sempre, origem criminosa.
 
E se alguém ainda tinha dúvidas sobre as trafulhices da bolsa, é a própria Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) que vem agora referir no seu relatório anual de 2013 que em todas as OPA realizadas entre 2009 e 2013 detectou "indícios de utilização de informação priviliegiada", os quais participou ao Ministério Público.
 
A CMVM refere que "na generalidade dos casos os investidores são pessoas especialmente habilitadas e exerciam à data cargos de administração ou de direcção em intermediários financeiros ou sociedades cotadas", salientando ainda "as elevadas rentabilidades registadas pelos investidores que negociaram nas imediações da divulgação de informação privilegiada (sempre superiores a 100% em termos anualizados)".
 
Ainda segundo informação da CMVM, vale a pena conhecer os processos utilizados pelos investidores(?) para praticar os crimes:
 
“Em alguns dos casos os investidores realizaram as compras através de contas de terceiras pessoas; em alguns outros dispersaram o investimento por distintas contas e vários intermediários financeiros; em outros ainda decidiram utilizar circuitos de intermediação internacionais fazendo passar as operações por diversas jurisdições incluindo off-shore, recorrendo mesmo a veículos off-shore; também se observaram estratégias de investimento com recurso a instrumentos financeiros derivados”.
 
 Tendo em consideração a dimensão dos esquemas de corrupção e crimes de toda a natureza que minam e arruínam a economia do País, pergunto:  ainda haverá alguma instituição pública ou privada que seja administrada por gente honrada?
 
Pessoalmente, duvido.



 

2 comentários:

Unknown disse...

Bom dia Manuel
Aquilo que aqui está escrito confirma o que eu pensava já lá vão uns tempos largos.
- Como era possível sacarem as acções antes de uma morte anunciada...?
Eles sabiam. Faziam parte daquele esquema/corrente.

Não tenho dinheiro para investir, mas em cada dia tenho uma certeza maior:
- Andam a roubar descaradamente.
Sim é um roubo e uma fraude.

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

Com tanta IMPUNIDADE (Só para gentalha graúda)não compensa investir em Ações.

São os próprios Governos que enganam as Pessoas.

Foi o que, por exemplo, me aconteceu a mim, com os Títulos da Cimpor e da EDP.

Só há interesse em comprar esses papéis, quando Portugal tiver a justiça que tem, por exemplo, a china!

Lá, pequeno ou grande prevarica, ou é preso ou é condenado à Morte.

Como já, em tempos referi eles, para salvaguardarem o seu e o dos seus, futuro, protegem-se uns aos outros.

Depois, com tanta passividade, inércia e falta de coragem, dos Portugueses, esses Senhores ainda nos gozam, pois eles sabem que, para eles não existe qualquer castigo!!

Aliás, nenhuma Reforma da Justiça, é feita para nos proteger, as tais Reformas, se forem realizadas, são para salvaguardar os interesses, sempre, dos mesmos, ou seja, deles e dos grandes Grupos Económicos.
Laranjeiro, 31-10-2014