domingo, 16 de agosto de 2009

A ARMA DA CREDIBILIDADE FALHOU



Há um sector importante do PPD/PSD que é responsável pela eleição de Manuela Ferreira Leite (MFL) para líder do Partido, nas últimas eleições directas.

Tratando-se de uma criatura sem queda para a política, com grande dificuldade argumentativa, muito pobre de ideias e com imensos rabos de palha relativos à época em que exerceu cargos governativos, não consigo vislumbrar a razão pela qual esses militantes entregaram nas mãos da antiga Ministra das Finanças o destino do PSD e, ao mesmo tempo, acreditaram na possibilidade de poder vencer Sócrates e ascender ao lugar de Primeira-Ministra de Portugal.
A grande arma de Ferreira Leite era a CREDIBILIDADE e, durante alguns meses, conseguiu transmitir aos portugueses alguma confiança nesse capítulo, garantindo-lhes que com ela no Governo, a moralização da política seria incontornável.

Porém, quando chegou o momento de demonstrar por actos e atitudes aquilo que tinha transmitido por palavras, acabou por utilizar tão poderosa "arma" contra si própria, em vez de atingir os seus adversários.
De facto, Manuela Ferreira Leite, ao elaborar as listas de Deputados à Assembleia da República, cometeu uma série de equívocos que deitaram por terra todo o trabalho desenvolvido na defesa da credibilização da política e da vida pública portuguesa, em geral, aceitando alguns nomes de familiares do seu círculo de amigos e aprovando outros que estão pronunciados para responder em julgamento, logo a seguir às eleições legislativas.
Com esta actuação, não há CREDIBILIDADE que resista e Manuela Ferreira Leite, por ingenuidade ou por incompetência, acabou por hipotecar uma boa parte do capital de confiança que até então havia conquistado junto dos portugueses.
Se as coisas antes já estavam difíceis, agora ficaram muito mais complicadas, o que é uma pena, porque a vitória estava ao alcance de uma campanha sem erros.
A minha esperança é que os eleitores desiludidos e descontentes com a actuação de MFL, optem por votar no CDS/PP, cujo líder tem feito um óptimo trabalho, de forma a que os votos não transitem para as forças de esquerda.
Costuma dizer-se que cada um tem aquilo que merece e na verdade, o PPD/PSD, ao eleger quem elegeu, tem aquilo que merece e escolheu.

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