segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Candidatos à CML com ideias diversas

Depois de tantas obras e tantos milhões gastos, justifica-se a desactivação do aeroporto da Portela?


Sempre que há eleições legislativas ou autárquicas, reacende-se a discussão em torno do Aeroporto da Portela, mais conhecido por Aeroporto de Lisboa e os políticos emitem as suas opiniões, em obediência à estratégia dos Partidos que representam.
Vem este tema a propósito das ideias que os candidatos do PSD e do PS à presidência da Câmara têm para lisboa. Enquanto Santana Lopes defende a continuação do aeroporto, pela mais valia que representa para a capital, António Costa prefere a sua desactivação, alinhado com as opções do Governo, pretendendo transformar a área libertada em mais um espaço habitacional.
Durante décadas, o aeroporto de Lisboa condicionou a construção nas zonas envolventes e nos enfiamentos das pistas de aterragem e descolagem, não podendo a construção ultrapassar determinadas cotas em altura.
Por outro lado, desde a sua inauguração, em 15 de Outubro de 1942, apenas com uma pista e um terminal, o aeroporto sofreu, nestes quase 67 anos de existência, imensas obras de remodelação e ampliação, que custaram ao Estado milhares de milhões de euros e neste preciso momento, estão a ser realizadas obras de grande envergadura que custam ao erário público cerca de 400 milhões de euros, na requalificação da área comercial existente e ampliação e reestruturação do Terminal 1 e Terminal 2, já a operar.
Desactivar e mandar para a sucata uma infra-estrutura tão valiosa para Lisboa, onde foram investidos milhares de milhões de euros e que pode continuar a ser de grande utilidade para a capital do País, sem qualquer problema, ainda durante décadas, não me parece uma medida acertada tanto mais que o País passa por grandes dificuldades económicas que esta crise mundial veio agravar e que está para durar.
Tendo em atenção o que acima escrevi, é óbvio que me revejo na posição assumida pelo candidato do PSD, Pedro Santana Lopes quanto à solução que preconiza para o aeroporto da Portela, porque ela representa coerência e bom-senso e demonstra que deseja o melhor para Lisboa, mantendo uma infra-estrutura fundamental para a mobilidade das pessoas que queiram entrar ou sair do País.
Creio que são opções desta natureza, coerentes, genuinas e independentes que fazem de Santana Lopes o melhor candidato para a presidência da Câmara Municipal de Lisboa, tendo ainda a seu favor o facto de conhecer muito bem os problemas da cidade e da Câmara e a experiência que adquiriu no seu primeiro mandato, a qual lhe permitirá não voltar a cometer determinados erros e dedicar-se exclusivamente ao essencial.
Se o Povo fosse considerado uma peça importante nas grandes opções do Governo, nenhuma decisão seria tomada sem a sua consulta através do referendo mas na verdade, a única coisa que os governantes apreciam no Povo, é o seu voto em tempo de eleições.

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