IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE
Quando a Justiça não funciona e permite todo o tipo de atropelos à lei, é normalmente o tempo, muito ou pouco não interessa, que se encarrega de exercer essa justiça e colocar as coisas no seu devido lugar.
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O 25 de Abril de 1974 foi um tempo de excessivas loucuras, durante o qual foi praticado uma imensidão de actos que afectaram profundamente o País e os cidadãos.
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As nacionalizações selvagens de tudo o que era o tecido produtivo do País, arruinou a maioria das grandes empresas e consequentemente, arruinou também a economia de Portugal.
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Estou lembrado porque era funcionário da Direcção-Geral da Junta do Crédito Público, a entidade responsável pelo pagamento das indemnizações resultantes das nacionalizações, dos milhares de milhões que foram pagos em títulos do tesouro aos expropriados.
Nenhum sector produtivo escapou à voragem das nacionalizações que abrangeu a produção, transporte e distribuição de água, electricidade e gás; siderurgia; tabacos; cervejas; celulose; adubos; produtos sódidos e clorados; petroquímica; cimentos; construção naval; seguros; bancos; transportes aéreos; transportes ferroviários; transportes de massa urbanos e suburbanos nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, etc.
Com todas estas indiscriminadas, impensadas e apressadas nacionalizações, a produção do País baixou consideravelmente mas o Estado passou a ter encargos astronómicos com o pagamento de vencimentos aos "novos" funcionários públicos e passou a ter também um grande desequilíbrio ao nível das receitas e das despesas que infelizmente se manteve ao longo dos 36 anos do regime democrático e cujos efeitos estamos agora a sofrer na pele.
O regime que emergiu do 25 de abril, anticapitalista e antimonopolista, virado para uma economia de transição para o socialismo, também não perdeu a oportunidade de "confiscar" os hospitais que há data eram geridos (bem geridos) pela Santa Casa da Misericórdia que com menos dinheiro realizava mais consultas e cirurgias. A partir dessa data, os hospitais da Santa Casa nacionalizados, embora prestando menos serviços aos portugueses começaram a acumular, ano após ano, milhões de prejuízo, contribuindo também para o enorme déficit verificado anualmente na área da saúde.
Mais de três décadas após as nacionalizações, vem agora o Primeiro-Ministro anunciar que vai devolver mais de 15 hospitais públicos às misericórdias que foram nacionalizados após o 25 de Abril. Afinal o Senhor Primeiro-Ministro vem repôr uma situação que nunca devia ter sido alterada e que ao longo de todos estes anos foi muito penalizante para os portugueses e para o País.
A propósito desse anúncio, o Presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), classificou o dia como histórico e com um significado político enorme. E na mesma ocasião afirmou que a devolução dos hospitais públicos às misericórdias é melhor para os portugueses porque as misericórdias fazem nos seus hospitais “mais consultas e cirurgias com menos custos” do que as unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O Presidente da UMP sabe do que fala e eu também sei que o Estado é um péssimo administrador e um gastador irresponsável dos dinheiros dos contribuintes. Para fazer melhor do que o Estado não é preciso um grande esforço.
Eu pertenço àquele grupo de portugueses que sempre condenei o aventureirismo revolucionário iniciado com o golpe militar de 25 de Abril, por isso mesmo, sempre que vejo reposta a verdade e alguma justiça nos desmandos praticados nessa época de má memória, não posso deixar de ficar satisfeito e de me regozijar com tal reposição.
Nenhum sector produtivo escapou à voragem das nacionalizações que abrangeu a produção, transporte e distribuição de água, electricidade e gás; siderurgia; tabacos; cervejas; celulose; adubos; produtos sódidos e clorados; petroquímica; cimentos; construção naval; seguros; bancos; transportes aéreos; transportes ferroviários; transportes de massa urbanos e suburbanos nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, etc.
Com todas estas indiscriminadas, impensadas e apressadas nacionalizações, a produção do País baixou consideravelmente mas o Estado passou a ter encargos astronómicos com o pagamento de vencimentos aos "novos" funcionários públicos e passou a ter também um grande desequilíbrio ao nível das receitas e das despesas que infelizmente se manteve ao longo dos 36 anos do regime democrático e cujos efeitos estamos agora a sofrer na pele.
O regime que emergiu do 25 de abril, anticapitalista e antimonopolista, virado para uma economia de transição para o socialismo, também não perdeu a oportunidade de "confiscar" os hospitais que há data eram geridos (bem geridos) pela Santa Casa da Misericórdia que com menos dinheiro realizava mais consultas e cirurgias. A partir dessa data, os hospitais da Santa Casa nacionalizados, embora prestando menos serviços aos portugueses começaram a acumular, ano após ano, milhões de prejuízo, contribuindo também para o enorme déficit verificado anualmente na área da saúde.
Mais de três décadas após as nacionalizações, vem agora o Primeiro-Ministro anunciar que vai devolver mais de 15 hospitais públicos às misericórdias que foram nacionalizados após o 25 de Abril. Afinal o Senhor Primeiro-Ministro vem repôr uma situação que nunca devia ter sido alterada e que ao longo de todos estes anos foi muito penalizante para os portugueses e para o País.
A propósito desse anúncio, o Presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), classificou o dia como histórico e com um significado político enorme. E na mesma ocasião afirmou que a devolução dos hospitais públicos às misericórdias é melhor para os portugueses porque as misericórdias fazem nos seus hospitais “mais consultas e cirurgias com menos custos” do que as unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O Presidente da UMP sabe do que fala e eu também sei que o Estado é um péssimo administrador e um gastador irresponsável dos dinheiros dos contribuintes. Para fazer melhor do que o Estado não é preciso um grande esforço.
Eu pertenço àquele grupo de portugueses que sempre condenei o aventureirismo revolucionário iniciado com o golpe militar de 25 de Abril, por isso mesmo, sempre que vejo reposta a verdade e alguma justiça nos desmandos praticados nessa época de má memória, não posso deixar de ficar satisfeito e de me regozijar com tal reposição.
2 comentários:
Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa
Exmo Senhor,
De facto, quando todo o País se manisfesta ou manifestou, e com uma ajudinha de um determinado Governo, faz-se ou fez-se muita coisa. Muita coisa que, neste caso, não se deveria ter feito.
Acontece que, se os sucessivos Governos, pós vinte e cinco de Abril, não governassem para a Eleição seguinte, isto já poderia estar resolvido, pelo menos, há duas Décadas!!!
Enquanto tivermos esta Justiça e os Governos só pensarem no que se vai passar, eleitoralmente falando, daí a quatro Anos, fica tudo adiado.
Laranjeiro, 06-12-2011
Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa
Exmo Senhor,
De facto, quando todo o País se manisfesta ou manifestou, e com uma ajudinha de um determinado Governo, faz-se ou fez-se muita coisa. Muita coisa que, neste caso, não se deveria ter feito.
Acontece que, se os sucessivos Governos, pós vinte e cinco de Abril, não governassem para a Eleição seguinte, isto já poderia estar resolvido, pelo menos, há duas Décadas!!!
Enquanto tivermos esta Justiça e os Governos só pensarem no que se vai passar, eleitoralmente falando, daí a quatro Anos, fica tudo adiado.
Laranjeiro, 06-12-2011
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