segunda-feira, 2 de novembro de 2015

PORTUGAL E OS REFUGIADOS - UMA ÓPTIMA OPORTUNIDADE PARA POVOAR E REABILITAR O INTERIOR DE PORTUGAL


Imagem retirada do Google

Portugal é um País com um grande défice populacional, com a agravante de possuir uma altíssima taxa de pessoas idosas.

A actual situação de guerra no Médio Oriente e a fuga em massa da população em direcção à Europa, poderia ser uma boa oportunidade para receber algumas dezenas de milhar de refugiados para os fixar nas centenas de aldeias semi-abandonadas e desabitadas ao longo de todo o País.

Quem se desloque com frequência ao interior do País, constatará o estado de abandono em que se encontram as aldeias que outrora fervilhavam de vida, com os seus fogos totalmente habitados e os campos totalmente cultivados.

A oportunidade é excelente, assim o Estado português, em estreita colaboração com as autarquias locais e outras organizações públicas e privadas, saibam realmente aproveitá-la.

O País necessita da gente jovem que foge do terror e da guerra, deixando tudo para trás, com vontade de recomeçar uma nova vida, noutro País, em paz e liberdade.

Portugal tem capacidade para receber muitos milhares de refugiados se enveredar por uma política de integração e fixação nos concelhos e distritos mais afectados pela desertificação, os quais, a prazo, contribuirão decisivamente, com o seu trabalho, para o progresso e desenvolvimento do País e para o bem-estar dos portugueses.

Todos os Países que vão aceitar refugiados serão ajudados proporcionalmente ao número que vão receber, com verbas significativas de milhões de euros. Se esse dinheiro for canalizado para a reconstrução das aldeias e criação de estruturas que proporcionem uma vida digna aos novos habitantes, Portugal ficará a ganhar muitíssimo se conseguir realizar tão ambiciosa política.

Será que os governantes já pensaram em algo igual ou idêntico?

Receber e alojar os refugiados em hotéis e pensões como fizeram com os "retornados" há 40 anos, é desperdiçar recursos humanos e incentivar a ociosidade.

Nessa trágica efeméride a que chamaram "Descolonização", se em vez de alojarem as centenas de milhar de "retornados" em hotéis e pensões lhes têm atribuído uma parte da importância paga pelo IARN (Instituto de Apoio ao Retorno de Nacionais), para cada um poder governar a sua vida, Portugal poderia ter beneficiado do trabalho e da criação de riqueza de quase um milhão de pessoas.

É certo que Portugal conheceu um período de progresso e desenvolvimento nunca antes visto mas poderia ter sido ainda muito maior se tivessem sido aproveitados todos recursos que os "retornados" estavam em condições de poder disponibilizar.

Seria bom que as autoridades portuguesas tivessem aprendido alguma coisa com os erros do passado para que agora não os voltem a repetir com os "refugiados" que estão prestes a receber.

  

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor
Autor,

Parece que uma grande parte dos Portugueses ainda não entendeu que estes Refugiados são diferentes dos Refugiados com origem na descolonização.

De facto, o que estes Imigrantes querem, é ir para a Alemanha.

Eles sabem o que querem.

Também não estou a ver Portugal ou as várias Organizações, comparando este caso com o que, infelizmente, se passou com o regresso dos Portugueses, criarem as condições que o Exmo Senhor Dr PP está farto de dizer, ou seja, se Portugal quer receber Refugiados e Imigrantes, tem que lhes dar condições.

Afinal, não há condições para os que já cá estão há vários Anos e, agora, como que por Magia, vão criar condições para os actuais!?

Eu, pessoalmente, não me acredito.

Afinal, a nossa Burocracia, sem eu saber, alterou-se tanto, para melhor?

É evidente que, como o Exmo Senhor Autor, acaba de escrever, o nosso Rectângulo tinha muitíssimo a ganhar, no entanto, com esta desorganização muito bem organizada, tudo isto não passa de pura ficção.
Laranjeiro,02-11-2015