BARCLAYS - MÁS PRÁTICAS BANCÁRIAS

 

IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE

O Barclays Bank de Inglaterra suspendeu o Presidente e mais três administradores do Barclays Portugal por más práticas bancárias, até à conclusão de um processo de investigação interno, na área da concorrência em Portugal.

 

O que me causa algum espanto, não é a notícia das más práticas bancárias que essas há muito eu sei que são prática corrente em qualquer instituição bancária. O que me admira e indigna, é que esta iniciativa de suspender o Presidente e os administradores partiu do próprio Banco e não das autoridades judiciais, da Autoridade da Concorrência ou da Entidade Reguladora, se porventura detectaram tais práticas.

 

Isto tudo não passa de uma brincadeira de mau gosto, um embuste, já que uma fonte do Barclays Portugal teve o cuidado de esclarecer que "não se trata de nenhum processo disciplinar, mas apenas uma suspensão com o intuito de facilitar a investigação interna".

 

Milhares de portugueses viram as suas economias reduzidas a nada por causa das tais más práticas bancárias. Os Bancos arriscaram demasiado em negócios ruinosos com o dinheiro que os clientes, cheios de confiança e boa fé, colocaram à sua guarda, com o intuito de beneficiarem da eficiência e experiência administrativa dessas Instituições, nunca imaginando que o seu dinheiro, fruto de uma poupança rigorosa de muitos anos de trabalho, fosse tão criminosamente administrado.

 

Depois de todos os escandalosos crimes cometidos pela Banca, tudo continua na mesma: O Estado correu a tapar as crateras financeiras geradas pela Banca, injectando milhares de milhões de euros nos seus cofres fortes, à custa da miséria do povo; as fraudes continuam; os administradores continuam a beneficiar de remunerações milionárias e o crédito continua a ser concedido, a maior parte das vezes, não a quem quer gerar emprego e riqueza para o País mas aos privilegiados de sempre, aqueles que têm poder político para retribuir as atenções recebidas.

 

São imensos os casos conhecidos de políticos que devem empréstimos de milhões à banca, os quais foram  conseguidos sem qualquer garantia de salvaguarda. Porque é que acham que chegámos à bancarrota? Isso aconteceu por causa desses actos criminosos e irresponsáveis e, no entanto, até hoje, não vi um único banqueiro, à excepção de Oliveira e Costa, preso e punido pelos seus actos.

 

Os Bancos enganaram sistematicamente os seus clientes, oferecendo-lhes gato por lebre. Ofereceram-lhes Fundos de Investimento garantindo-lhes juros e capital e hoje, não recebem os juros nem o capital; acontece um caso de fishing por causa da vulnerabilidade dos sistemas informáticos e os bancos sacodem a água do capote.

 

Os Bancos só querem participar dos lucros e desresponsabilizam-se por todos os actos que lhes acarretem prejuízos, mesmo que sejam da sua inteira responsabilidade.

 

Como as coisas estão, os cidadãos, de um momento para o outro, correm sérios riscos de ficar sem as economias que  depositaram nas instituições bancárias.