MUITO BOM O BENFICA DA PRIMEIRA PARTE

 

 

FOTO RETIRADA DO GOOGLE

 

O Benfica partiu para Newcastle com uma vantagem perigosa de 3-1 porque o golo marcado fora permitia à equipa inglesa passar às meias-finais com uma vitória de 2-0.

 

Os encarnados entraram bem no jogo e logo nos primeiros minutos podiam ter inaugurado o marcador e matado o jogo pois com uma vantagem de 4-1, os ingleses teriam que marcar 5 golos para eliminar o Benfica.

 

Durante toda a primeira parte, a equipa encarnada teve um comportamento brilhante. Os jogadores foram guerreiros, pressionaram e não permitiram aos ingleses uma única jogada de perigo. Trocaram bem a bola, com tranquilidade e inteligência e na disputa directa com os adversários, levaram quase sempre a melhor. A equipa portuguesa só não inaugurou o marcador por manifesta falta de sorte pois beneficiou de três ou quatro boas oportunidades.

 

Analisando o que se passou nos primeiros 45 minutos, fiquei com a sensação de que o Benfica passaria com facilidade a eliminatória, com um empate a zero ou mesmo a uma bola.

 

Porém, essa sensação depressa se desvaneceu porque a equipa do Benfica se transfigurou para pior, entregando a iniciativa ao adversário e deixando que este se instalasse quase permanentemente no seu meio campo.

 

A equipa do Benfica começou a jogar atabalhoadamente, sem capacidade para segurar e trocar a bola, permitindo que o adversário aparecesse muitas vezes com perigo junto à sua grande área. Pressentia-se que o golo poderia aparecer a qualquer momento e ele apareceu mesmo por via de uma enorme desentendimento entre Matic e Garay, com a bola ao alcance dos dois e cuja hesitação permitiu que Ameobi servisse Cissé na área que se limitou a encostar a cabeça na bola e enviá-la para o fundo da baliza. 

 

Este golo aconteceu aos 71 minutos e com mais cerca de 24 minutos para jogar, já que o árbitro deu 5 minutos de compensação, tudo poderia acontecer. E na verdade, os ingleses pegaram no jogo e fizeram tremer a equipa do Benfica que em muitos momentos não teve discernimento para organizar o jogo, trocando a bola entre si, uma coisa que tão bem sabe fazer.

 

Uma grande equipa não pode perder o norte, uma grande equipa tem que estar concentrada do primeiro ao último minuto do jogo. Não basta jogar bem uma parte do jogo, é preciso fazê-lo durante toda a partida.

 

Contudo, ficou provado mais uma vez que o futebol não é uma ciência exacta e que tudo pode acontecer. Como atrás disse o Benfica fez uma bela primeira parte, teve várias ocasiões para marcar e não marcou e acabou por fazer o golo do empate aos 90+2 numa bonita jogada concluída por Sálvio, numa altura em que eram os ingleses a mandar no jogo.

 

Há uma estrelinha. Esta época o Benfica não se pode queixar de falta de sorte.