sábado, 20 de abril de 2013

QUEM VENCEU AS ELEIÇÔES NA VENEZUELA?


IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE

Aparentemente e teoricamente, o vencedor foi o herdeiro de Hugo Chavez, Nicolás Maduro, com pouco mais de 0,5% dos votos, mas a oposição não reconhece os resultados eleitorais e pede a recontagem dos votos, afirmando que há dúvidas sobre mais de um milhão de votos.
 
E sobre essas fundadas dúvidas, o candidato derrotado Henrique Caprilles disse em conferência de imprensa:
  • no dia das eleições foram feitas denúncias relativamente a 535 máquinas de votação que ficaram danificadas e afectaram um universo de 189.982 eleitores;
  • membros da oposição foram "retirados à força", com ameaça de armas de fogo, de 283 assembleias, onde votavam 782.983 pessoas;
  • mais de 600 mil pessoas que constam do Registo Eleitoral já morreram;
  • votaram pessoas com mais de 100 anos;
  • em 1176 assembleias de voto, Maduro recolheu mais votos do que Chavez nas eleições de 7 de Outubro;
E o Candidato derrotado questiona: "Será possível? Quem pode acreditar que Maduro tenha obtido mais votos do que Chavez?",

Baseando-se nestes factos, Caprilles insiste na necessidade de uma recontagem de votos e numa auditoria ao processo eleitoral, analisando os cadernos eleitorais e as actas.

Todavia, os seus apelos não têm sido escutados pela Comissão Nacional Eleitoral e o próprio Presidente do Supremo declarou que a recontagem é impossível.
 
Houve ou não fraude eleitoral? A recusa da recontagem dos votos indicia que os vencedores não querem passar da situação de vencedores a vencidos e, nesse caso, será mais fácil para o recém-presidente eleito, acusar o candidato da oposição e os seus seguidores de incitamento à violência e mandá-los prender.
 
Que se cuidem os opositores do "chavismo" e o melhor que têm a fazer é aceitar pacificamente a derrota pois caso contrário, muitas pessoas, entre as quais inúmeros inocentes vão sofrer trágicas represálias e pagar com a própria vida a ousadia da contestação e da denúncia dos factos.
 
Que ninguém se iluda, a promessa de aumentar em 38% o ordenado mínimo nacional, coloca em alerta o "poder popular", incondicionalmente ao serviço do herdeiro do chavismo e que entrará em acção, caso seja necessário, para garantir a integração de tão importante pecúlio na sua remuneração mensal.
 
Oxalá a evolução dos acontecimentos afaste a possibilidade de acontecer alguma tragédia na Venezuela e tudo volte rapidamente à normalidade.
 
 
 



 

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

É lógico, racional e intuitivo que qualquer Cidadão, honesto e Imparcial, vê que estas Eleições tiveram mais de fraudulentas que de dignas.

Só não consigo entender, o que é que os Observadores Internacionais estiveram, lá, a observar!!!???

De facto, agora, a única alternativa da Oposição, é, infelizmente, a do silêncio. Sim, com aquela Democracia, tem que ser!!!

É caso, para dizer: Democracia! Onde é que ela está?
Laranjeiro, 20-04-2013