terça-feira, 23 de abril de 2013

TERRIVELMENTE CHOCANTE

 
IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE
 
A noticia vinda agora a público que no Hospital de Santo António, no Porto, um enfermeiro foi detido pela Polícia Judiciária por suspeita de abusar sexualmente de três mulheres internadas naquele Hospital, para mim não é novidade porque infelizmente, eu próprio já constatei, incrédulo, actos de abusos em dois hospitais, por parte de funcionários que conduziam as macas com doentes, quando os meus dois filhos esteveram internados nesses hospitais, vítimas de graves acidentes de viação. 
 
Num dos casos, o  funcionário que conduzia a maca, acariciava o peito da paciente que devia estar inconsciente. Revoltado com a situação resolvi ir falar com o Director do Hospital, a quem contei o que tinha visto. No final, o Director advertiu-me com cara de poucos amigos: Senhor fulano, veja lá no que se mete porque não pode garantir que o funcionário estava a fazer aquilo que o Senhor pensa que ele estava a fazer e, por isso, não vai poder provar, já que é a sua palavra contra a dele.
 
Se o comportamento do funcionário me tinha repugnado, a atitude do Director indignou-me ainda mais porque o homem não mostrou qualquer interesse na grave denúncia que lhe fiz nem procurou saber de quem se tratava para poder seguir os seus movimentos e apanhá-lo na próxima oportunidade. Pelo contrário, levantou-se da cadeira e encaminhou-se para a porta como que a convidar-me para sair, despachando-me o mais depressa que pôde sem dizer uma palavra sobre o assunto.
 
Mas não é este caso que agora interessa. Ele foi aqui trazido como exemplo do que também acontece noutros hospitais, infelizmente, por culpa das administrações e dos colegas funcionários que muitas vezes sabem o que se passa e são cúmplices pelo silêncio.
 
Diz a notícia que  os actos foram cometidos entre 2007 e 2012 e que o abusador já tinha sido denunciado pelo menos duas vezes, a primeira há 3 anos, tendo a queixa sido arquivada por falta de provas e a segunda há um ano, a qual culminou agora na sua detenção.
 
Como é possível que um indivíduo asqueroso e depravado consiga fazer coisas horríveis durante 5 anos a doentes internados, numa situação de manifesta incapacidade física para se defenderem e os responsáveis do hospital não intervieram nem puseram cobro a tão aviltante situação? 
 
Quem pode tolerar que a sua filha, a sua neta, a esposa, uma amiga ou outra pessoa qualquer entre no hospital para debelar os seus males e numa situação de inconsciencia momentânea, fique à mercê da depravação mental de certos funcionários e seja violentada e sujeita a práticas sexuais? 
 
Há relatos que nos dão conta dessas práticas nos hospitais e eu sei que isso é verdade. O que me revolta e indigna é que pouco ou nada é feito pelas administrações e pelas autoridades para sinalizar essas situações e agir com a prontidão necessária para evitar que gente tão repugnante tenha oportunidade de praticar tão hediondos crimes.
 
 
 
 

1 comentário:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

Mais uma vez, tenho que trazer, aqui, o exemplo Americano.

Se V. Excelência ou outro, qualquer, Cidadão, fosse, nos USA, fazer uma queixa, dessa natureza, é lógico, racional e intuitivo, que o Responsável desse Hospital, agia, de imediato, e ainda lhe fazia uma grande Vénia.

Eu não fico nada admirado. Com as queixas que são feitas à Polícia, por violência Doméstica, passa-se, exactamente, a mesma coisa.

O que isto está a precisar, devido à Inoperância dos Responsáveis e das Autoridades, é daquilo que se chama, Justiça Popular.
Laranjeiro, 24-04-2013