O discurso
do Presidente da República, comemorativo do 39º aniversário da "revolução
dos cravos", deixou as "esquerdas?" em estado de choque porque
Sua Excelência não embarcou nos seus objectivos de derrube do governo e
realização de eleições antecipadas.
Numa
conjuntura económica tão difícil em que todos os dias são exigidos mais
sacrifícios aos portugueses, não se compreenderia que o Presidente da República
apadrinhasse eleições antecipadas, provavelmente para ficar tudo na mesma ou
pior, pois seria muito provável que o partido vencedor não obtivesse a maioria
para poder governar com alguma estabilidade.
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Este Partido
Socialista vive num mundo completamente diferente da realidade portuguesa.
Esteve no Governo de 2005 a 2011, de onde saiu há cerca de 2 anos e
a sua intervenção foi catastrófica, tendo deixado a economia do País num estado
deplorável, à beira da bancarrota. Em eleições antecipadas, os portugueses
rejeitaram a sua continuidade, através de uma pesada derrota nas urnas.
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Pois este
Partido Socialista, em vez de se empenhar na resolução dos graves problemas do
País, emendando a mão e oferecendo contributos e soluções válidas, tem a
ousadia de negar a sua colaboração ao governo e clamar por eleições
antecipadas, o que demonstra que está muito mais interessado em resolver os
seus interesses do que os problemas do País, pretendendo talvez, nesta difícil
conjuntura governativa, tirar dividendos do descontentamento geral e procurar,
através de eleições, chegar ao poder mas também melhorar a sua subvenção anual
que nas últimas legislativas foi um desaire monumental.
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Nesse
sentido, o Presidente da República ao ter em conta apenas os interesses de
Portugal e dos portugueses, fez afirmações no seu discurso que embora
correspondam inteiramente à verdade, denunciaram e aniquilaram as
verdadeiras intenções do Partido Socialista e daí a sua revolta.
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Por outro
lado, o actual Presidente da República também deve ter tirado profundas
ilacções do que foi a actuação do seu antecessor Jorge Sampaio, aquando da
infeliz e trágica decisão de dissolver a Assembleia da República que era
suportada por uma maioria parlamentar composta pelos deputados do PSD e do
CDS/PP. Esta sim, foi uma actuação de caris partidário e susceptível de
comprometer a "posição de neutralidade" do então PR e nessa ocasião o
actual Secretário-Geral do PS não se indignou nem criticou tão aberrante
iniciativa. Pelo contrário, tanto ele como os seus camaradas de
partido, festejaram-na efusivamente.
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Em 2004,
Sampaio colocou o poder nas mãos do PS, à custa de um "golpe de
mestre" mas demasiadamente descarado e vergonhoso e na altura, as
"esquerdas?" deliciaram-se de felicidade com tão saboroso
favorecimento.
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Esta
lamentável decisão de dissolver a AR e, ao mesmo tempo, intervir politicamente
para desacreditar o então Primeiro-Ministro Pedro Santana Lopes, descambou
em tragédia e todos estamos a pagar o que foi a governação de um indivíduo
incompetente, mentiroso e irresponsável.
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A profunda
crise em que vivemos, teve fortíssimas consequências na decisão errada
de Jorge Sampaio e, por isso mesmo, para mim, ele é um dos responsáveis
por ela e da miséria que se instalou em milhares de famílias portuguesas.
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É por isso
muito sensato que o actual PR não queira seguir o caminho ínvio de Sampaio e
procure que o actual Governo cumpra a legislatura até ao fim, para bem dos
Portugueses, cooperando com ele na busca das soluções que melhor sirvam os
interesses de Portugal.
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É esse o dever de um Presidente da República interessado em defender o seu País, não sendo necessário ser corajoso para o cumprir, desde que o mesmo esteja suportado pela verdade e respeite a Constituição.
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É esse o dever de um Presidente da República interessado em defender o seu País, não sendo necessário ser corajoso para o cumprir, desde que o mesmo esteja suportado pela verdade e respeite a Constituição.
1 comentário:
Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa
Exmo Senhor,
De facto, as Pessoas não conseguem entender o comportamento destes Políticos!!
Eu não consigo entender, como é possível que, futuros estadistas Portugueses, lutem, árdua e continuamente, para o Voto, esquecendo-se dos Cidadãos e do País!!!!
Se estes Senhores, não têm coragem de ir buscar o Dinheiro, onde deviam, como é que eles querem gerir, se vierem a ganhar as Eleições, o País?
Eu sei que, de União Europeia, não existe, absolutamente, nada. Isto é uma completa DESUNIÃO EUROPEIA!!!! Só que, quem deve, todos estes Milhões, tem que os pagar!!!!
Realmente, as Pessoas esquecem-se, com muita facilidade, do passado recente!!!!
Laranjeiro, 27-04-2013
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