Os "traidores" do Chega não são mais nem menos traidores do que os dos outros partidos. Porém, só os "traidores" do Chega são objecto de notícias negativas nos jornais, rádios e televisões. Até dá a impressão que a Comunicação Social não consegue sobreviver sem as notícias sobre o Chega.
Ao longo do tempo, todos os outros partidos políticos tiveram militantes e dirigentes "traidores" que mudaram de partido, alguns até destacados dirigentes fundadores. Quem não se lembra de Freitas do Amaral, Basílio Horta, Zita Seabra, Alberto Martins, Ana Gomes, António Barreto, António de Sousa Lara, António de Sousa Franco, António Rebelo de Sousa, António Vitorino, Augusto Mateus, Augusto Santos Silva, Carmelinda Pereira, Daniel Oliveira, David Justino, Durão Barroso, Eduardo Ferro Rodrigues, Fernando Seara, Francisco Louçã, Francisco Lucas Pires,, Gonçalo Ribeiro Teles, Guilherme d'Oliveira Martins, Helena Roseta, Henrique de Barros, Hermínio Martinho, João Cravinho, joão Semedo, Joaquim Magalhães Mota, Jorge Coelho, Jorge Sampaio, Jorge Miranda, José Augusto Gama, José Lamego, José Luis Judas, José Magalhães, José Manuel Coelho, José Pacheco Pereira, José Sócrates, José Vieira de Carvalho, José Vieire da Silva, Luis Fazenda, Manuel Monteiro, Maria José Nogueira Pinto, Mário Lino, Mário Soares, Mário Sottomayor Cardia, Mário Tomé, Medeiros Ferreira, Miguel Portas, Natália Correia, Paulo Portas, Pedro Batista, Pedro Quartin Graça, Pedro Santana Lopes, Pina Moura, Sanches Osório, Silva Marques, Vasco da Gama Fernandes, Vital Moreira.
Esta lista é uma pequena parte do número de políticos que trocaram de partido e aos quais muitos portugueses apelidam de "traidores", mas que não é essa a nossa opinião, na medida em que acreditamos que o homem pode evoluir na sua forma de pensar ao longo do tempo e negar ou deixar de aceitar aquilo em que antes acreditava.
Sabemos que em muitos casos estas mudanças acontecem por mero oportunismo ou revanchismo mas, mesmo assim, dentro da liberdade de acção a que cada cidadão tem direito, não condenamos tais comportamentos.
Todavia, o que se passa relativamente ao partido Chega, é realmente um caso de análise e profundo estudo, visto que não se compreende qual o verdadeiro motivo de tanto escrutínio e perseguição, tudo servindo para gerar notícias negativas com o intuito de destratar e descredibilizar André Ventura e o seu Partido.
Não esquecer que o Chega, o mais jovem partido político de Portugal, se formou e cresceu à custa de militantes originários de outros partidos "traidores", precisamente porque chegaram à conclusão que esses partidos já não correspondiam aos seus interesses e à sua maneira de pensar.
Portanto, os "traidores" do Chega não são diferentes dos "traidores" dos outros partidos, mas têm um tratamento especial por parte da comunicação social, sempre com intenção de dizer mal.
Desde que o mundo humano existe, sempre houve "traidores" e não vai ser agora que eles vão acabar. Há dois milénios atrás, segundo rezam as escrituras, um Homem bom foi morto e pregado numa Cruz, traído por um dos seus discípulos de nome JUDAS, identificando-O aos seus carrascos com um beijo na face. Hoje, como ontem, os JUDAS continuam a trair em qualquer sector da nossa sociedade, e até no seio das próprias famílias.
E não tenhamos ilusões: enquanto houver mais do que um ser humano à face da terra, haverá sempre "traidores", só que uns são diferentes dos outros, dependendo sempre, de quem se pretende atingir, no sentido de louvar ou denegrir.
Neste caso, é o Chega que se pretende denegrir.
 
 


