terça-feira, 22 de setembro de 2009

A FORÇA DE SER PODER


PS IMPÕE
AGENDA
POLÍTICA
NACIONAL


Quem se convenceu que o episódio rocambolesco sobre a licenciatura do Primeiro-Ministro, cujo diploma até foi passado a um domingo, iria condicioná-lo ou penalisá-lo, enganou-se redondamente, porque José Sócrates não tem nada a ver com essa história...
Mas quem chegou a imaginar que pelo facto de o Primeiro-Ministro ter assinado durante uma década projectos de habitações que eram de outros técnicos, constituindo tal prática uma "fraude à lei", iria ser censurado e penalisado no próximo acto eleitoral, de facto, não tinha razão para imaginar tal coisa porque o Senhor Sócrates, como não podia deixar de ser, tudo quanto fez foi absolutamente legal e não tem nada a ver com essa história...
E quem jurava a pés juntos que Sócrates, na qualidade de Ministro do Ambiente do Governo de Guterres, estava atolado até ao pescoço, como responsável primeiro, na aprovação acelerada do processo Freeport e que por isso iria sofrer uma forte penalização nas Legislativas de Setembro de 2009, também teve que engolir em seco e anular a jura porque José Sócrates também nada tem a ver com essa história..., não conhece os protagonistas intervenientes no referido processo e nunca reuniu com eles. Também não tem nada a ver com o que o tio e os primos fizeram e se utilizaram o nome do Primeiro Ministro, fizeram-no abusivamente.
Desenganem-se também aqueles que pensavam que um Primeiro-Ministro não podia comprar um apartamento de luxo, a uma Sociedade offshore, fugindo ao fisco e que a sua mãe não poderia fazer também a mesma coisa e até vender a sua casa em Cascais, a pronto, ficando por se saber, por isso mesmo, por quanto foi vendida e quanto foi declarado ao fisco, para efeitos de mais-valias.
Então alguém no seu juízo perfeito está a pensar que o Senhor Sócrates, na qualidade de Primeiro-Ministro, está obrigado a dar bons exemplos? De forma nenhuma, o Primeiro-Ministro só tem que aproveitar esta raríssima oportunidade de prestígio, imunidade e impunidade para sacar o maior número de proveitos porque ninguém sabe o dia de amanhã.
Quanto àqueles portugueses que identificam o Primeiro Ministro como mentiroso por ter feito promessas que não cumpriu, terão que fazer mea culpa pela difamação porque o Primeiro Ministro, como é óbvio, nunca mentiu e o caso dos 150.000 empregos não criados, a subida dos impostos, a promessa falhada de fazer crescer o País 3% ao ano, de fazer emagrecer a despesa pública e de referendar o Tratado de Lisboa, entre outras, não passam de invenções maldosas dos seus adversários políticos que por não terem mais nada para fazer e para dizer, se entregam a este tipo de baixa política para o prejudicar.
E quem acusa o Governo de asfixia democrática, só pode ser com intenção de manipular o eleitorado porque o Primeiro-Ministro afirma e reafirma que nunca houve tanta liberdade e democracia nos últimos 35 anos e diz mais: asfixia democrática só existe na Madeira, onde governa o Dr. Alberto João Jardim que por sinal é dirigente do PSD.
Os casos rocambolescos badalados na comunicação social sobre o silenciamento do Jornal Nacional de Sexta-Feira da TVI, depois de um ataque sem precedentes, em tempo de democracia, desferido pelo Primeiro-Ministro, os processos judiciais a jornalistas, as exonerações por delito de opinião, o congelamento de carreiras a juízes só porque não trataram com deferência alguns dirigentes socialistas, as vinganças sucessivas na Administração Pública a todos quantos ousem pôr em causa a governação socialista, etc., etc., etc., não passam de torpes urdiduras, em período de campanha eleitoral, com o objectivo de caçar votos.
E aqueles que se indignaram, vezes sem conta, ao longo de toda a legislatura com a sua inqualificável arrogância e prepotência, não tinham razão para tal, porque o Senhor Primeiro-Ministro foi sempre um homem humilde, educado, compreensivo e tolerante, desde logo, tratando com respeito e ouvindo com atenção as oposições e toda a sociedade civil, aceitando as suas sugestões e dialogando sempre que foi necessário.
Quem conotou o Primeiro-Ministro com o País do posso, quero e mando, só pode ter sido com má intenção porque ele não se revê no quadro que lhe pintaram.
Já quanto às maiores manifestações de professores e dos mais variados sectores da Administração Pública mas também dos profissionais da polícia e da enfermagem de que há memória desde o 25 de Abril de 1974, tudo não passou de meros oportunismos políticos, aproveitados pela CGTP e pelo PCP (sempre os mesmos agitadores), uma vez que as políticas do Governo para esses sectores não mereciam contestação.
O maior ataque de sempre às regalias adquiridas pelos trabalhadores no activo e na reforma, seiscentos mil desempregados, dezenas de milhar de empresas falidas, outras tantas em situação muito precária, a bancarrota das Instituições financeiras, a insegurança que se vive de norte a sul do País, com o aumento substancial de crimes violentos, a ruinosa política agrícola e piscatória e um sem número de outros grandes problemas, não são da responsabilidade do Governo chefiado por este Primeiro-Ministro mas sim dos que o antecederam, o Dr. Santana Lotes, o Dr. Durão Barroso e o Prof. Cavaco Silva. Foram estes Primeiro-Ministros os verdadeiros culpados da situação calamitosa em que se encontra o País e se não fosse o esforço, a inteligência e a competência do Senhor José Sócrates, nos últimos quatro anos, então o País teria falido por completo e talvez até tivesse perdido a sua independência.
Na verdade, para o Primeiro-Ministro, factos bem mais importantes do que aqueles que atrás ficam registados, são a possível compra de votos na distrital de Lisboa do PSD, as escutas na Presidência da República e a respectiva notícia no Jornal "O Público", a inclusão de dois arguidos nas listas a deputados do PSD, a asfixia democrática na Madeira e até o facto de Manuela Ferreira Leite ter trabalhado para uma instituição bancária espanhola, depois de ter sido Ministra das Finanças. Isto é que são casos verdadeiramente importantes para o Primeiro-Ministro e que põem em causa o futuro de Portugal e dos portugueses. Tão importantes que têm marcado a agenda política nacional, noticiados pela imprensa escrita e falada, até à exaustão, desde meados da semana anterior até hoje, dia 23, prevendo-se que o caso das escutas seja mantido a todo o custo, por influência do Governo e do PS, até ao encerramento da campanha eleitoral.
Costuma dizer-se e com alguma razão que "quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é burro ou não tem arte" que o mesmo é dizer: quem é Primeiro-Ministro e não tira proveito dessa situação, ou é... Ora o Primeiro-Ministro não é burro e, por isso mesmo, nos casos Freeport, Gomes da Mota, Casa Pia, Licenciatura, assinatura indevida de projectos de habitação, compra de casa através de offshore, imensas trapalhadas governativas, promessa não cumpridas e endividamento do País, entre muitas outras coisas, serve-se da sua posição privilegiada para os silenciar ao nível da comunicação social e, por outro lado, utiliza as suas influências para que essa mesma imprensa dê guarida e divulgação, até à náusea, a tudo quanto diga respeito ao PPD/PSD, mesmo que sejam factos forjados, irrelevantes e mesquinhos.
Só assim se compreende que o caso das escutas na Presidência da República, seja notícia de abertura nos telejornais e faça manchetes nas primeiras páginas dos jornais há pelo menos oito dias e, pelo contrário, sejam ignorados todos os factos que possam, de alguma forma, prejudicar o Primeiro-Ministro, o Governo e o PS, causa alguma perplexidade na opinião pública.
Em trinta e cinco anos de democracia, nunca antes um Presidente da República, tinha sido tão descaradamente afrontado por um Governo e pelo Partido que o sustenta, dando a impressão que por detrás destas provocações deve estar uma razão de fundo, um objectivo a alcançar que na minha óptica terá a ver com a tentativa de descredibilização do mais alto Magistrado da Nação, de molde a destitui-lo de condições políticas para se candidatar a um novo mandato.
Perante a farsa que se vive nesta campanha eleitoral e a falsa avaliação que está a ser feita às manigâncias e à governação do Primeiro-Ministro, devido à influência que o PS e o Governo exercem sobre os media, não me admira nada que o Partido Socialista tenha força suficiente para ganhar as próximas eleições legislativas e, ao mesmo tempo, condicionar e anular o Presidente da República, impossibilitando-o de poder ganhar a eleição para um segundo mandato.


Sem comentários: