segunda-feira, 28 de setembro de 2009

VIDA DIFÍCIL PARA OS PEQUENOS PARTIDOS


Os pequenos Partidos ficaram longe dos objectivos a que se propuseram

Ainda não foi desta vez que os pequenos Partidos, sem representação parlamentar, nos surpreenderam com a eleição de um deputado para a Assembleia da República.

A sua campanha não conseguiu entusiasmar e mobilizar os portugueses para as suas causas que, mais uma vez, concentraram o seu voto nos cinco Partidos com representação no Parlamento, premiando uns e castigando outros.

Nesta eleição até se verificou que o Partido de Manuel Monteiro (PND) e o Partido de Carmelinda Pereira (POUS), tiveram menos votos que em 2005; apenas o PCTP/MRPP de Garcia Pereira passou de 0,84% em 2005 para 0,93% em 2009, ultrapassando pela primeira vez a barreira dos 50.000 votos e, por isso mesmo, vai começar a receber uma subvenção do Estado.
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Essa subvenção do Estado tem a ver com o número de votos alcançados nas urnas, pois cada Partido recebe 3,16 € por cada um. Assim, Garcia Pereira vai receber pelos seus 52.633 votos, 166.320,28 € e o Partido Socialista que teve 2.068.665, vai receber a bagatela de 6.536.981,40 €. É por isso que a abstenção não é boa, especialmente para os cofres dos Partidos.
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Por outro lado, votaram nos 11 pequenos Partidos 175.422 eleitores, correspondentes a 3,21% da votação nacional.

De facto, é uma expressão eleitoral insignificante e, no entanto, pude constatar, ao longo da campanha eleitoral, que alguns desses pequenos Partidos, apresentaram propostas muito interessantes que provavelmente, algumas, não cairão em saco roto.

Com estes resultados, os líderes desses partidos não devem ter ficado muito satisfeitos e encorajados para prosseguir uma luta tão desigual; no entanto, como diz o Povo, "a esperança é a última coisa a morrer" e alem disso, daqui por quatro anos (se não for antes) há novamente legislativas, por isso não devem desanimar.
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De salientar que os votos em branco que correspondem aqueles eleitores que não se revêem em nenhum Partido, ou então por qualquer motivo não querem contribuir para aumentar a subvenção do Estado que é dada em função dos votos obtidos, foram 98.900 e que os votos nulos, aqueles que os eleitores preenchem mal ou inutilizam de propósito, riscando-o, escrevendo frases ou fazendo desenhos, foram 74.200.

Juntos os votos em branco e os votos nulos, perfazem um número aproximado aos conseguidos pelos pequenos Partidos e, mais uma vez, se a abstenção fosse um Partido, ganharia folgadamente as legislativas, com 39,4% dos votos.

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