quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

MAS QUE GRANDE CALINADA! DIGO, CAPUCHADA!...

 
 
Imagem retirada do Google
 
António Capucho, militante e dirigente do PSD que juntamente com Francisco de Sá Carneiro e outros, ajudou a fundar há 40 anos e do qual chegou a ser secretário-geral, foi expulso na passada terça-feira, 11.02.2014, por deliberação do Conselho de Jurisdição Nacional (CJN).
 
Esta expulsão resultou da sua candidatura independente à Assembleia Municipal de Sintra, adversária à do partido, nas últimas eleições autárquicas de Setembro/2013.
 
Já depois de tomar conhecimento do veredicto, António Capucho fez algumas declarações envinagradas: “Este processo de expulsão só vem confirmar o estado a que chegou o PSD, cada vez mais afastado da matriz social-democrata e progressivamente mais enquistado à volta de um conjunto de oligarquias nos vários escalões (com honrosas excepções) que não toleram opiniões divergentes e protegem generosamente os seguidistas”.
 
“Para além de fundamentalistas, com tiques estalinistas, são manifestamente incompetentes. O problema não são os disparates e injustiças que cometem internamente no PSD. O problema é que são eles que governam, por enquanto, o nosso país”.
 
Sou daquelas pessoas que abomina os partidos e tem uma noção muito exacta do mal que têm feito a Portugal. Porém, tal posição, não me rouba o discernimento de avaliar com rectidão esta decisão do CJN, que em meu entender, está correctíssima.
 
Na verdade, o cidadão António Capucho, dá a impressão que perdeu faculdades e por essa razão, parece não ser capaz de avaliar correctamente o imbróglio em que se meteu, caindo, ainda por cima no ridículo de fazer declarações absurdas, sem o mínimo sentido de responsabilidade.
 
Em meu entender, para fazer o que fez, teria procedido correctamente se se tivesse, com antecedência, desligado do PSD. Não o tendo feito, é natural que o partido não queira nas suas fileiras alguém que traiu os seus interesses, juntando-se aos "inimigos".
 
Aliás, para mim, uma situação destas é comparável ao indivíduo que recebe o salário de uma Instituição e trabalha para outra ou então que é casado, de facto, com uma mulher e vai dormir com a amante. Nenhum destes casos seria sustentável, desde que fossem conhecidos pelos lesados, precisamente o que aconteceu relativamente a esta expulsão por parte do PSD.
 
Nenhuma organização responsável e credível permitiria um desrespeito e uma rebaldaria desta natureza. Se o PSD não procedesse desta maneira é que eu ficaria desapontado com tal actuação. Pertencer a uma organização, qualquer que seja, exige alguns deveres de solidariedade e cumprimento das regras.
 
António Capucho, ultrapassou as marcas da tolerância e esteve-se nas tintas para o Partido, para os deveres de solidariedade e para o cumprimento das regras e, por isso mesmo, foi ´muito bem expulso.
 

2 comentários:

Oswaldo Jorge do Carmo disse...

Exmo Senhor
Autor desta Publicação
Lisboa

Exmo Senhor,

Trata-se, para mim, de um caso muito complicado.

Do que eu conheço deste Senhor, ele não faria semelhante coisa, se não lhe houvessem feito, resmas de patifarias!!!

V. Excelência, sabe, como eu, que as facções políticas, não gostam de ter Indivíduos inteligentes, como Militantes activos.

Eles não gostam de ter Personalidades como o Ex-Presidende da CMP e o Exmo Senhor Dr Capucho. Eles querem indivíduos Submissos e que estejam muito bem caladinhos.

Por azar, estes dois Senhores, por exemplo, parece que, de Autómatos, não têm nada!!!!!

Estou de acordo com o que o Exmo Senhor Autor, diz, porém, haveria que ter em conta, estes pormenores.

Seguindo este raciocínio, não acho, nem de longe nem de perto, que, no Governo, estejam os mais capazes e competentes, membros do PSD!!!!!

De facto, é muito difícil controlar um Inteligente.

Já, controlar um Esperto, é muitíssimo mais fácil!!!!!!
Laranjeiro, 13-02-2014

Manuel Carmo Meirelles disse...

Meu bom amigo Oswaldo Jorge do Carmo

Concordo plenamente com a sua opinião. Nada me move contra o Dr. Capucho. A única coisa que aqui está em questão é que um militante destacado de um Partido que já desempenhou as mais diversas funções e até já foi ministro, não pode candidatar-se a um cargo público integrado na lista de outro partido. Não estando de acordo com as regras do seu partido, o seu dever é combate-las nos órgãos próprios, e não querendo dar-se a esse trabalho, então teria que desfiliar-se para fazer o que fez.
Sol na eira e chuva no nabal, é uma pretensão demasiado egoísta.
Forte abraço.