OS PARTIDOS E OS JOBS FOR THE BOYS

 

 

Imagem retirada do Google

 

Uma investigação da Universidade de Aveiro (UA), apoiada numa base de dados de 11 mil nomeações e em entrevistas a 51 dirigentes políticos, ministros e observadores privilegiados da política portuguesa, que na sua larga maioria confirmaram essa influência partidária", detectou dois tipos de motivações por trás das nomeações para cargos na cúpula da administração central: o "controlo de políticas públicas" e a "recompensa por serviços prestados anteriormente ou em antecipação aos mesmos", segundo a autora da investigação, Patrícia Silva que reafirma: "é difícil dizer que uma nomeação ocorra só por causa de um dos motivos, que por vezes se conjugam".

 

Esta investigação da UA veio confirmar aquilo que os portugueses estão fartos de saber: os partidos políticos, especialmente aqueles que chegam à área da governação, dominam e influenciam as nomeações para cargos na cúpula da administração central e tal influência é um dos maiores problemas do País e a causa da bancarrota em que se encontra porque a maioria desses "boys" que para além da organização de almoçaradas/jantaradas e alguns comícios, não sabem fazer mais nada na vida e por isso mesmo, nunca serão capazes de desempenhar os cargos para que são nomeados com o mínimo de eficiência, causando as suas actuações tremendos prejuízos à economia do País.

 

É a minha opinião, desde sempre e, sobretudo desde o início da década de 80, quando me comecei a aperceber dos malefícios das influências partidárias em todos os sectores da vida pública portuguesa. Os partidos da área governativa iniciaram um açambarcamento desenfreado da maioria dos melhores cargos públicos, indicando para os ocupar toda a espécie de "boys" sem qualquer perfil, competência ou preparação para os desempenhar.

 

Esta influência dos partidos e a desastrosa actuação dos seus "boys" no desempenho dos cargos,  tem sido negativíssima para o sucesso económico do País e em grande parte responsável pela gigantesca dívida pública acumulada ao longo dos quase 40 anos de período democrático.

 

Por tudo isso, os portugueses estão a pagar uma factura pesadíssima por causa da inexperiência, impreparação e incompetência da grande maioria dos "boys", e esta tragédia só aconteceu por culpa exclusiva dos partidos que têm a missão de arranjar resmas de "empregos" para satisfação das suas exigentes hostes partidárias.

 

Está de parabéns a UA por ter confirmado, de forma sustentada e oficial, aquilo que todos os portugueses têm constatado ao longo dos últimos 35 anos.